8 de março: realidade feminina

O dia 8 de março é comemorado o Dia da Internacional da Mulher, mas o que está por trás dessa data? Em nossa sociedade é claro e evidente o descaso a educação e sabemos que muitos não sabem a história que essa data carrega. De uma maneira quase breve – mas explicativa- tentarei trazer os acontecimentos por trás dessa data. Sendo coerente e flexível a determinados assuntos. Mencionando alguns autores e roteiristas que marcam de certa forma as conquistas e relatos femininos.

Em meados do século XIX, ocorreu um trágico incêndio em uma fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, na cidade de Nova York. Matando 146 pessoas: 23 homens e 123 mulheres. Esse marco ficou caracterizado como um fator histórico, pois durante esse período aconteceu várias adversidades, destacando a luta feminina pelo o direito de trabalho, contudo, esta data tem seu maior valor em movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e perseguição policial, não fica caracterizada somente pela morte de dezenas de mulheres. Durante aquele tempo eram péssimas as condições de trabalhos, homens e mulheres trabalhavam durantes horas, entretanto a diferença salarial era notória. Alguns relatos menciona a reivindicação das mulheres pela diminuição da carga horária, diante disso, houve conflitos que levará as lutas sociais.

Existem vários tipos de desigualdade, por conta disso, irei enfatizar sobre a desigualdade social de gênero- são resultado de processos sociais, históricos, demográficos, econômicos, culturais e políticos desenvolvidos em contextos de determinadas sociedade. A mulher é quase que despercebida – fator comprovado por diversas pesquisas- são substancialmente menos propensas do que os homens a participar do mercado de trabalho e, uma vez no mercado de trabalho, elas têm menor probabilidade do que os homens de encontrar emprego. Durante muito tempo não foram notadas, entretanto, esses desafios são superados todos os dias.

Diante de todo esse cenário, existe profundas adversidades e uma delas é relacionado a desigualdade social entres mulheres. Algumas séries e filmes brasileiros representa essa categoria, e umas delas é bem impactante, criada porGiuliano CedroniHeather Roth,  lançada pela Netflix. A série “Coisa mais linda” é uma obra de época, retratando os anos 1950, onde contextualiza o poder das mulheres. A série destaca os desafios, escancara o racismo de uma sociedade escravocrata, a violência doméstica, os abusos sexuais e psicológicos entre várias outras questões que a nossa sociedade ainda precisa superar. Dando destaque a duas personagens, Malu e Adélia, vivenciasse de perto a diferença entre mulheres. Malu, de família bem requisitada de São Paulo, resolve ir para o Rio de Janeiro para seguir uma carreira independente – com lutas e preconceitos – e Adélia, é a que mais precisa lutar para conquistar seu espaço: negra, empregada doméstica e mulher, Adélia enfrenta diariamente não só o machismo, mas o racismo e as diferenças sociais enquanto ascende para se tornar sócia do clube. Mostrando que as mulheres negras precisam lutar mais para ocupar seu espaço na sociedade.

Diante de todo esse contexto, não poderia deixar de fora a história das mulheres na Biblioteconomia. Dando destaque: Laura Russo, é o principal nome por trás da Biblioteconomia no Brasil, se não fossem pelos seus feitos e lutas, a profissão não seria nem a metade do que é hoje e nem teria o reconhecimento que tem. Responsável pela criação da Lei 4.804/1962, que garante o reconhecimento da profissão. Em 1961, elaborou a primeira versão do Código de Ética Profissional do Bibliotecário, que foi aprovado em 1963 no IV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação. Participou da criação do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), presidindo a primeira gestão.

É indiscutível a presença e o legado de Laura Russo, seu legado será perpetuado, lembrado e louvado pela biblioteconomia brasileira eternamente. Assim como a Laura Russo e todas as outras mencionadas, existiram/existe mulheres que continuam marcando a história no mundo. E todas buscam por equidade, buscam um equilíbrio de poder entre homens e mulheres, em direitos iguais, recursos econômicos, relações pessoais, participação, etc. Todas são protagonista dessa longa caminhada.

jennier.rrabelo
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Acadêmica de Biblioteconomia- UFMA. matricula: 2019018021

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4 comentários

  1. Que belo trabalho estou a admirar. Quero deixar aqui os meus mais sinceros parabéns a você, meu amor, pelo seu trabalho brilhante! PARABÉNS JU 💜

  2. Pois é.
    Sem história é quase impossível darmos relevância à temas imprescindíveis para o bem social.
    Jennifer, para mim, esta causa mostra o quanto o respeito e honra à vocês são importantes. Parabéns à todas e claro, este trabalho está impecável. Obrigado!
    Bem- vindos ao MATRIARCADO!!!

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