Berserk: Uma visão sobre o ódio

Berserk, obra criada pelo falecido Kentaro Miura voltado para o gênero Dark Fantasy possuindo inspirações de outras obras na hora de sua criação, por exemplo, ‘Rosa de Versalhes’ que foi um dos adventos que moldaram de certa forma a narrativa da história à partir do volume 3, isso foi fundamental para transacionar como o personagem principal – Guts – lida com tudo ao seu redor.

Fonte: https://www.cbr.com/berserk-team-discuss-manga-struggles-since-creators-death/

A personalidade conturbada e violenta deriva-se de vários eventos traumáticos em sua vida, mas diante deste fator apenas um em particular submeteu-se para moldar os objetivos do personagem. O Eclipse, evento que trouxe a ruína total do Bando do Falcão, grupo ao qual fazia parte o nosso protagonista, causando mais feridas e angústias. Após este episódio, foi posto o objetivo de vingar-se daquele que lhe causou todo mal, um propósito movido pelo próprio ódio que mostrou as principais falhas de Guts, revelando-se a Síndrome de Berserk, esta condição proposta por Armond Simon aborda o alto pico de ódio e com amnésia durante as ações do próprio, uma fúria que despedaça seus inimigos e causa terror há quem vê.

Fonte: Google fotos.

Godo diz, “O ódio é apenas um lugar para onde vai o homem que não consegue suportar a tristeza”, observa-se que muitas vezes o seres humanos buscam direcionar as suas angústias para um mecanismo de autodefesa que busca afastar as pessoas, buscar sentido em algo que não tem e até mesmo o desejo de machucar alguém que foi responsável pela sua dor, o que na verdade provoca apenas o afastamento daquelas pessoas em sua volta.

Fonte: Autoria própria.

Esta autodefesa é para evitar mostrar o quanto somos fracos e temos medo de demostrar sentimentos, o que se correlaciona ao nosso Guts, o medo de mostrar que foi afetado pelos eventos e de ficar refletindo o seus próprios pensamentos, em vez de compartilhar aquilo com quem a gente ama, só leva a um fim eminente sem alcançar o seus objetivos.

Enfrentar uma dor momentânea o quanto antes pode levar a causar sofrimento, mas evita de continuar nesse ciclo culposo e vicioso. Ao decorrer de sua jornada, Guts, percebe que seus desejos não envolve somente a si próprio, mas também outras pessoas e após um breve período de “abandonar” a sua vingança, ouve a percepção daquelas palavras que foram ditas. Percorrer um caminho que traz dor e cansaço já não é mais ideal para quem continua sem pensar nos outros, tanto nós, seres humanos quanto Guts. E ao percebemos isso aceitamos finalmente ajuda daqueles que escolhem continuar ao nosso lado mesmo após ser afastado pela rigidez ríspida, pois, não queremos continuar a machucar e ficar cansado  tanto fisicamente quanto mentalmente.

Nota-se que se formos por essa via, ir atrás desse ‘objetivo’, só vamos perder e fracassar, devemos partilhar o que nos causaram e encontrar uma solução para conviver, aliás, não temos inimigos e nem precisamos ter. Observa-se que é necessário perceber essa mudança de trajetória e de visão o quanto antes, se não vamos nos embebedar com sonhos e futuros perdidos, pois, “Não há paraíso para onde fugir”.

Fonte: Autoria própria.

Pedro.cassio
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Pedro.cassio
Pedro.cassio

Graduando no curso Bacharel em Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão.
Um apreciador do universo geek, amante de Berserk e gosto bastante da madrugada.

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