As batalhas de rima são bastante conhecidas por estarem ligadas as manifestações culturais que se estão ligadas ao hip hop, onde esse movimento arrasta várias pessoas de diferentes grupos sociais, onde se uni admiração aos aos MCs (mestres de cerimônia) que se enfrentam com versos improvisados, poesias, palavras que se encaixam e combinam. Mais do que simples competições verbais, elas representam resistência, arte de rua, crítica social e entretenimento e por muitas vezes inclusão social. Os duelos de rima envolvem criatividade, agilidade mental, domínio da linguagem e consciência social, sendo realizadas em espaços públicos e transmitidas amplamente pela internet, o que ampliou sua visibilidade e impacto.

Uma ideia que une todos esses fatores: inclusão, rivalidade e criatividade, é a Batalha do Tanque, realizada em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, pode ser considerada uma das mais emblemáticas do Brasil quando se fala em batalhas de rima. Além de ser um espaço de improviso e competição, ela se consolidou como um verdadeiro movimento cultural de inclusão social, dando voz e visibilidade a jovens das periferias, em especial negros e moradores de favelas, pessoas do movimento LGBTQI+ que muitas vezes são silenciados pela sociedade.
Criada em 2013 por MCs da região, como Bob13, a batalha nasceu em um contexto de exclusão e falta de acesso à arte. Rapidamente, tornou-se um ponto de encontro e de resistência em um lugar onde o poder público muitas vezes falha em garantir direitos básicos, a Batalha do Tanque oferece cultura gratuita, pertencimento e oportunidades. Sem precisar de estrutura formal, ela ocupa o espaço público e o transforma em palco, e a batalha do tanque é bastante conhecida como um espaço de “gastação”, onde varios MCs que se enfretam falam dos problemas uns dos outros de uma forma de brincadeira, apontando os varios defeitos, problemas e conflitos uns dos outros, tudo isso sem perder a postura e sendo levado com uma forma de brincadeira.
- Batalhas de rima: inclusão social e cultura - 30/05/2025