503 anos da Reforma Protestante

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No dia 31 de Outubro de 1517, acontecia na Europa um movimento que mudaria de forma radical todos os rumos da história. Um monge alemão por nome, Martinho Lutero, afixou nas portas da Igreja do castelo de Wittenberg, as 95 teses; estas que iam contra à algumas práticas adotadas pela Igreja Católica assim como ao próprio papa na época, e que segundo Martinho Lutero iam contra os princípios assegurados pela Palavra de Deus, o Criador. Este movimento ficou conhecido como a Reforma Luterana, ou a mais popular, Reforma Protestante.

O intuito do monge não era causar uma ruptura na sua igreja, mas sim, trazer à luz o significado daquilo que o apóstolo Paulo ditou na Carta aos Romanos no capítulo 1 e versículo 17, que diz: “ […] Mas o justo viverá da fé.”

As ideias de Lutero não foram aceitas, pois elas não trariam nem uma vantagem, tão pouco lucro. Estas propostas apresentadas por ele iam contra o que estava praticado, a saber: indulgências, “compra de perdão”, dentre outros. Então ele propôs essa reforma religiosa, com o objetivo de que as autoridades religiosas da época, se voltassem para o ensino da palavra de Deus. Com isso, o monge Martinho Lutero, foi considerado herege pelo Papa Leão X, ou seja, pelos seus próprios companheiros de fé, pelo fato de conhecer Deus de uma visão diferente. Martinho Lutero, em um dos seus prefácios escreveu em sua escrivaninha: “ Eu não o amava, eu o odiava..” essa fala ele relata como era o relacionamento e sua vida com Deus antes de entender que, o justo viverá da fé.

Baseado na sua interpretação depois de suas meditações sobre a carta aos Romanos, ele elencou alguns princípios que nortearam e que se tornaram os pilares da reforma protestante: Somente a graça, Somente a fé, Somente Cristo, Somente as Escrituras e Somente a Deus a Glória.

A Reforma Luterana, mesmo sendo um movimento de caráter religioso, seus questionamentos serviram de base para uma série de outras reformas em todos os âmbitos, sejam eles sociais ou até mesmo políticos. As ideias foram passando de Estado para Estado de pessoa para pessoa e a Europa estava cheia de novos grupos que através dos ensinamentos passados por um homem, foram criados; surgiram novas igrejas, denominações, pessoas com ânsia de aprender mais sobre o que a Bíblia tinha a revelar sobre aquele Deus misericordioso que amava pecadores independente de suas posses ou daquilo que poderiam oferecer em troca de perdão. O resultado disso levou a Igreja católica a fazer uma série de investidas, que ficaram conhecidas como a “Contrarreforma”, em uma tentativa de contradizer os ensinos baseados na Reforma Protestante.

503 anos e daqui a alguns meses 504 anos, e as árvores regadas por um monge continua a render frutos.