Na origem Tupi do nome os sambaquis significam “amontoados de conchas”, os quais alguns arqueólogos destacam que os mais antigos tenham 6500 anos.
Não sabendo ao certo qual o objetivo da construção desses sambaquis, muitos estudiosos os consideraram como a lixeira da pré-história, que foram acumulados aleatoriamente, entretanto, estudos recentes demonstram que tais construções, são verdadeiros marcos territoriais carregados de grande valor simbólico. Os primeiros estudos relacionados ao sambaquis começam a ocorrer no século XVI, notoriamente baseados em um pensamento que considerava essas estruturas como algo natural, talvez acumulados pela ação do mar, logo esse pensamento foi mudando e percebeu-se que esses amontoados eram na verdade obras da ação antrópica na paisagem.
Com a introdução de outras linhas do pensamento arqueológico como o
processualismo e o pós-processualismo, uma nova visão sobre como essas
populações sambaquieiras percebiam a paisagem e seus recursos naturais, e
também todo o universo simbólico envolvido nas construções desses marcos
territoriais pode ser observado, levando a pensar que tais populações eram
complexas e possuíam uma organização social bem estratificada, baseadas em trocas, alianças e conflitos.
Não somente a arqueologia, mas outras áreas do conhecimento científico são responsáveis pelo o que nos dias atuais definimos como sambaqui, a introdução de outros campos é responsável por algo amplo e com diversos caminhos a serem seguidos e que possibilitam uma rica gama de conhecimento. Sambaquis apresentam variados tamanhos, desde pequenos montes a grandes construções, alguns chegam a 30 metros de altura.