Resenha Crítica: O Que me interessa são as questões indígenas – No plural

CASTRO, Eduardo Viveiros de. O que me interessa são as questões indígenas – no plural. In: SZTUTMAN (org). Encontros. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2002. p. 74-85.         

Eduardo Batalha Viveiros de Castro nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Ele é um antropólogo brasileiro e professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduado pela PUC-Rio, fez mestrado em antropologia social pelo Museu Nacional em 1977 e doutorado pela mesma instituição em 1984. Ele publicou um grande número de artigos e livros e é considerado uma importante contribuição para a antropologia brasileira e etnologia americana. Uma de suas contribuições mais importantes é o desenvolvimento do conceito de perspectivismo ameríndio.

Sua obra “O que me interessa são as questões indígenas – no plural” toma a vida dos povos indígenas como objeto de discussão e nos orienta a refletir sobre como a cultura indígena existe nos costumes, canções, danças, conhecimento e tecnologia, por ser uma das raízes da cultura brasileira.

As questões indígenas voltaram a ser uma pauta importante, devido denúncias divulgadas quanto a condição de abandono, sofrimento e fome em que se encontram os indígenas. Devido aos conflitos armados, doenças e escravidão trazidos pelos europeus, a chegada dos portugueses foi um verdadeiro desastre para os nativos, levando a extinção de muitos povos indígenas no Brasil. Eles tentaram destruir sua cultura, ocupar seu território, e até mesmo explorar e escravizar sua força de trabalho. Apesar disso, eles conseguiram sobreviver, resistir à morte e lutar por suas vidas.

Um ponto a ser destacado, é que ainda prevalecia a ideia de que os índios deveriam ser “civilizados”, ou seja, serem integrados à cultura ocidental e se tornarem “não índios”. É comum a ideia de que índios sejam indivíduos que vivem na floresta e e dependem exclusivamente da caça e da pesca para sua subsistência. Porém, a vida nas aldeias transcende a questão da sobrevivência alimentar. Muitas aldeias afirmam não ter acesso a atendimento médico e educação, que são as questões básicas para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Hoje, a proteção dos territórios e da cultura indígena é um dos principais desafios.

É necessário reagir a esta situação trágica. É sempre bom ver alguém envolvido e preocupado com a situação dos povos indígenas, como o autor do texto. Portanto, como transformadores sociais, precisamos nos mobilizar e intervir por essas pessoas, exigindo medidas que amenizem sua situação e delimitem suas terras para que possam trabalhar, produzir e conservar suas terras. Valores, tradições e cultura.

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