Por princípio consideremos este período – de pandemia decorrente do COVID-19 – sendo um dos mais difíceis para toda a esfera social, portanto, para as Organizações que trabalham com informação não poderia ser diferente. Em março de 2020, em várias regiões do Brasil fora decretado, ao se identificar casos do vírus o fechamento de alguns setores públicos e privados por um prazo de 1 mês (30 dias) – enquanto os casos do novo corona vírus fossem resolvidos, no entanto, pouco se esperava que estes 30 dias de quarentena seriam, hoje, aproximadamente um (1) ano. Ao longo do ano de 2020 muitos protocolos foram desenvolvidos para que as instituições pudessem combater a proliferação do vírus, algumas das instituições ativas foram a IFLA, FEBAB, ONU, OMS e os poderes políticos de cada país.
As instituições então começaram a utilizar ferramentas para chegar até seus usuários/leitores, no entanto, as tecnologias nas Bibliotecas, museus, casas de cultura já são realidades e o uso destas possibilita a aproximação dos seus usuários, ou melhor, “usuários interagentes” (CORRÊA, 2014, p. 37.) é neste sentido, que as U.I adaptam suas tecnologias voltadas aos usuários, seja ele real – que já está inserido e o potencial- aquele que ainda será atingido pelas ações das Unidades de Informação. Visto que anteriormente, ainda hoje claro, o sistema de empréstimo e renovação de livros e tantos outros, revistas, enciclopédias eram única e exclusivamente feitos presencialmente, excluindo uma parte de usuários potenciais, pode-se considerar que com a inclusão de novas tecnologias nestas Unidades, a exemplo da biblioteca digital de São Paulo (BSP) com serviços de sacola para levar os livros emprestados (virtual), imigração do guarda-volumes, um espaço no site para sugestão de novos títulos, pesquisa por título, autor, editora, ano, etc. uma série de serviços essenciais em um site de biblioteca digital, base de dados, sistema de cadastro do usuário, catálogos e títulos gratuitos, muitos usuários foram alcançados, fazendo assim que a disseminação do conhecimento e informação seja mais ampla, assim as Unidades podem contribuir para a sociedade no sentido de formadoras sociais. Para além das tecnologias inseridas no contexto informacional, cada vez mais as IA’s são importantes para o desenvolvimento destes organismos, desenvolveram- se nos últimos anos o ideal de informação aberta e acessível a todas e todos, principalmente àqueles que estão a margem da sociedade, o Open Acess, Open Source e o Open Education ou Educação aberta, no Brasil, é conhecido como REA e inclui softwares, materiais, ferramentas e técnicas para suporte a educação a distância, possuindo como principais características a gratuidade e o uso de licenças autorais abertas. Neste sentido a tecnologia se faz importante no avanço do compartilhamento da informação e conhecimento de forma mais rápida, porém para uma informação mais sistemática, concisa, detalhada e uniforme é imprescindível que haja a interação do Bibliotecário atuando como mediador da informação, gestor de banco de dados, desenvolvedor de ferramentas capazes de auxiliar os usuários, participação em projetos que discutem o futuro das Unidades de informação que discutem a inclusão da sociedade e aumentar suas perspectivas acerca da área deixando os estereótipos e tabus,
No fim, embora eu seja otimista com o uso destas tecnologias, temos ainda que usá-las de forma análogas às nossas vidas e competências, sem deixar que as mesmas substituam nossa função de oferecer serviços inovadores para com a sociedade, visto que as (os) Bibliotecárias (os) atuarão em prol do social, tendo em vista todos os que podem ou não ter acesso ao conhecimento, portanto se faz necessário que atuemos de ,maneira técnica e para além disso humanamente também, enfatizada nas palavras da Bibliotecária Silvana Rossi em uma entrevista dada ao Portal do Bibliotecário: “Temos que ficar atentos, não ter medo das mudanças e enfrentar estudando, atualizando e comprometendo a Equipe para desenvolver práticas inovadoras e aí seremos cada vez mais necessários e indispensáveis. E também abrir as portas para novos usuários, que é a razão da biblioteca existir. Conhecer e ouvir a comunidade.”
Adorei o seu artigo!!