
Às vezes me vejo em galhos abertos,
como árvore firme, de sonhos cobertos.
Cresço aos poucos, no tempo que é meu,
cada folha caída, um passo que deu.
A jussareira me espelha em presença,
não passa despercebida, é pura essência.
Resiste ao vento, ao sol, ao chão duro,
segue erguida, imponente, no tempo mais puro.
Regar é um gesto que fala de fé,
esperar que floresça o que a alma quer.
Nem sempre dá certo, mas sigo tentando,
com o coração em silêncio, só observando.
Na calma da terra, encontro meu jeito,
de ser mais paciente, de aceitar o defeito.
Porque a natureza me ensina, enfim,
que tudo floresce… do lado de dentro, e em mim.

No fim da tarde, o céu se pinta em tons vibrantes de laranja e azul enquanto o barco desliza suavemente pelo mar. Uma palmeira emoldura a cena, e um bando de pássaros corta o horizonte, como se despedissem do sol. É um momento de paz, beleza e contemplação — a natureza e o homem em perfeita harmonia.”
- A natureza e eu - 29/05/2025