A Representação das Bibliotecas no Cinema

O cinema, arte de se contar uma história usando uma sequência de imagens com som (ou não), se inspira na vida real e de arquétipos criados para dar uma característica a algo ou alguém. Um dos arquétipos mais utilizados é do “vilão e do mocinho”, porém, os arquétipos não são utilizados apenas em personagens, podem ser colocados também em locais como a biblioteca. 

Esse espaço é comumente usado pelos cineastas para representar tanto um refúgio de fantasia quanto um centro de descoberta de conhecimentos para os personagens.

Matilda (1997)

No cinema, a biblioteca pode assumir múltiplas funções, dependendo da sua relação com a narrativa e os personagens. Em algumas histórias, ela é um porto seguro, onde o personagem encontra conforto e calmaria, como por exemplo no filme “A Bela e a Fera” ou em “Matilda”, em outras, ela vira um portal mágico para o descobrimento de novas coisas ou um depósito de saberes secretos, muitas vezes guardando conhecimentos perigosos como nos filmes de “Harry Potter” e de “O Nome da Rosa”.

Mostrando assim, meio que indiretamente a necessidade de termos sempre uma biblioteca perto e de sempre procurarmos por uma a fim de sanar nossas dúvidas e para sempre termos onde acessar informações confiáveis.

Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005)

A biblioteca de Hogwarts é um local muito utilizado nos livros e filmes da saga de Harry Potter como um local em que os personagens sempre encontram as respostas de suas dúvidas e que guarda segredos e mistérios, tendo locais proibidos dos alunos adentrarem.

Em Matilda nos é mostrado que a menina ama está na biblioteca e ama livros, assim a tornando um lugar de conforto para a personagem que pode ter um escape da sua vida nada fácil com seus pais em casa.

A biblioteca em O Nome da Rosa não é apenas um espaço físico, mas significa poder, conhecimento, censura, fé e razão. Ela é o centro de mistério e tensão, um local complexo, reflete a censura religiosa da época e o medo do conhecimento que poderia desafiar a autoridade da Igreja. O acesso a livros, especialmente aos proibidos ou heréticos, é um tema importante no filme.

Em “A Bela e a Fera” a biblioteca é o lugar favorito de Bela que ama leitura, livros e ajudar os próximos, antes mesmo de se mudar para o castelo da Fera ela já ia na livraria local da sua aldeia para buscar livros. A biblioteca e os livros aqui é, assim como em Matilda, seu lugar de escape.

A biblioteca em A Múmia representa um ponto de acesso ao conhecimento antigo e secreto, sendo um local chave para a busca dos personagens por respostas sobre os mistérios egípcios. Ela simboliza tanto o poder do conhecimento antigo quanto os perigos que podem surgir ao se desvendar segredos do passado.

Com isso, a representação das Bibliotecas no cinema é de um local mágico e inspirador que abre portas do entendimento daquilo que antes era desconhecido ao personagem, muito bem retratada em filmes e séries, consegue sempre trazer uma sensação boa a quem assiste, mas como a arte sempre tem uma inspiração, a maior função da biblioteca no cinema é a mesma da realidade, dá acesso à informação e ao conhecimento a quem precisa. 

A Bela e a Fera (1991)

Glenda
Glenda
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