A série Hilda e a quebra do paradigma da imagem do bibliotecário

A série Hilda lançada em setembro de 2018 pela Netflix com treze episódios e autoria de Luke Pearson, baseada no Graphic Romance do mesmo autor, apresenta Hilda, uma garotinha falante, corajosa, esperta e de cabelo azul que vive com sua mãe Johanna em uma floresta mágica que é permeada de criaturas como elfos e trolls, entretanto, as personagens mudam-se para a cidade de Trolburgo, onde Hilda conhece seus amigos David e Frida. David é um garotinho medroso, mas, corajoso o suficiente para encarar todas as aventuras sugeridas por Hilda, Frida, no que lhe concerne é uma garotinha esperta, que assim como David aceita participar de todas as aventuras sugeridas pela protagonista.

A cada episódio a série Hilda, apresenta situações envoltas de mistério e fantasia, porém, apesar da carga de ficção que a obra possuí, é de notável percepção que a trama demonstra de forma simples algumas reflexões como a aceitação do diferente, a adaptação, coragem, o colocar-se no lugar do próximo, além dos valores da amizade e respeito. A narrativa conta novas histórias ao decorrer dos trezes episódios e todas com o óbvio “final feliz”, apesar disso dispõem da incrível capacidade de se reinventar a cada episódio, de forma a prender a atenção do telespectador. Assim sendo, a obra também realiza a reinvenção e a quebra de paradigmas com a sua personagem bibliotecária, apresentando uma jovem simpática, com estilo gótico que recebe Hilda, David e Frida.

Mas, antes de explicar o porquê da personagem bibliotecária ser a personificação da quebra de imagem e reinvenção do bibliotecário vale a pena explicar em qual circunstância deu-se a ida de Hilda, David e Frida à biblioteca. Em uma conversa com Hilda, David relata que frequentemente tem pesadelos e acredita que estes ocorrem devido às aventuras assustadoras que vem vivendo com suas amigas, contudo, Hilda rebate dizendo que não se trata disso e sim de uma garota misteriosa que rondava a casa de David, assim sendo, Hilda e Frida descobrem que a garota que é uma Marra (uma espécie de bruxa do pesadelo) que atormentava o sono de David e que se reúne com um grupo de garotas para relatar as experiências, deste modo, após a descoberta o grupo realiza uma visita a biblioteca, onde são recebidos por um pela bibliotecária que com base nos múrmuros de Hilda e seus amigos a bibliotecária consegue identificar a necessidade informacional  do grupo e entrega o material necessário que sana as duvidas da equipe sobre as Marras.

Dessa forma, esse episódio insere o pensamento que o bibliotecário não se caracteriza como uma pessoa do sexo feminino (apesar de ser retratada dessa maneira na série), de meia idade, rabugenta que exige pela ordem e silêncio dentro da biblioteca, mas, como um agente disposto a ajudar todos àqueles que pretendem conversar com a informação. Assim, quebrando com os estereótipos retratados com base na representação social do bibliotecário.

JPSP179
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Um comentário

  1. Por isso amo essa série! É uma das minhas séries favoritas! Retratam coisas do cotidiano de uma forma mais divertida, por assim dizer.

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