O Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco também chamado de “Projeto Resgate” foi um projeto criado institucionalmente que nasceu em 1992, por meio de um acordo assinado entre as autoridades portuguesas e brasileiras no âmbito da Comissão Bilateral Luso-Brasileira de Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (COLUSO). O projeto tem como objetivo disponibilizar e mapear em plataformas digitais documentos históricos relativos à História do Brasil existentes em arquivos de outros países, em Portugal e demais países europeus que estiveram relacionados com a história colonial. Entre eles : Inglaterra, Espanha, Holanda e França.
A proposta seria dar o apoio à preservação da memória histórica nacional e na democratização do acesso ao patrimônio documental brasileiro. Teve uma ampla participação da comunidade científica, de empresas privadas e de várias instituições estatais (agências de fomentos à pesquisa, universidades, secretarias de estado da cultura, prefeituras, fundações, arquivos estaduais, Ministérios da Cultura, da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores etc.). Mais de 110 instituições públicas e privadas, brasileiras e portuguesas e mais de uma centena de pesquisadores desenvolveram iniciativa sem precedentes na preservação em meio digital dos suportes documentais da memória nacional.
Aproximadamente 150.000 documentos dos sécs. XVI-XIX (cerca de 1,5 milhão de páginas manuscritas) relativos a 18 capitanias da América portuguesa e depositados no renomado Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa (AHU) – o maior acervo de documentação colonial brasileira no exterior – foram descritos, classificados, microfilmados e digitalizados. Publicaram-se 20 catálogos em 27 volumes, quatro guias de fontes e 380 CD-ROMs de documentos digitalizados. No Brasil, os arquivos estaduais receberam cópia microfilmada da documentação pertinente ao passado colonial de seus respectivos territórios e a Biblioteca Nacional acolheu toda a coleção de microfilmes. A gestão do projeto ficou sob a direção do Ministério da Cultura em parceria com a UNESCO até 2017, após esse período foi transferido para a Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
Fontes :
- Conheça o Projeto Resgate Barão do Rio Branco - 30/09/2019