“CTRL”: Confissões Musicais de uma Geração

Ctrl aclamado álbum de estreia da cantora e compositora americana SZA, lançado em 9 de junho de 2017 pela gravadora Top Dawg Entertainment e pela RCA Records. Este álbum, amplamente considerado um marco no R&B contemporâneo, é um mergulho profundo nas experiências emocionais de SZA, explorando temas de amor, insegurança, autodescoberta e controle — ou a falta dele, como o título sugere

Ctrl foi aguardado com grande expectativa, já que SZA já havia ganhado atenção com seus EPs anteriores, como “Z” (2014). No entanto, o lançamento deste álbum estabeleceu-a como uma das vozes mais singulares e autênticas da nova geração do R&B. O projeto é uma mistura entre hip-hop, soul, R&B alternativo e elementos de pop, com influências sutis de jazz, criando uma sonoridade rica e diversificada, que complementa perfeitamente as letras honestas e introspectivas da artista.

O álbum é conhecido por sua vulnerabilidade emocional, com SZA explorando suas incertezas em torno do amor, relações interpessoais, autoestima e o papel da mulher na sociedade. As letras, muitas vezes cruas e confessionais, abordam suas ansiedades, desejos e complexas emoções de uma forma que ressoa com muitos ouvintes. SZA tece uma narrativa que gira em torno de sua luta por controle em diferentes aspectos da vida — desde relacionamentos românticos até sua própria carreira.

Uma das faixas que mais exemplifica essa luta por controle é “Supermodel”, a canção de abertura do álbum. Nela, SZA canta sobre um relacionamento fracassado e a traição, mas com uma honestidade dolorosa que revela seus próprios sentimentos de insuficiência. A simplicidade do acompanhamento instrumental — principalmente guitarra e batidas minimalistas — deixa espaço para que sua voz e suas letras sejam o centro das atenções.

Ao longo do álbum, essa ideia de vulnerabilidade e introspecção continua, como em “Drew Barrymore”, onde ela questiona sua autoestima e busca aceitação tanto em relacionamentos quanto em si mesma. A faixa-título, “Ctrl”, encapsula bem o tema central do álbum: SZA reconhece que nunca terá controle total sobre a vida, mas que isso não a impede de tentar entender e abraçar a incerteza.

A produção do álbum é assinada por diversos nomes talentosos, como Carter Lang, ThankGod4Cody, TDE’s in-house producer Sounwave, entre outros. Cada faixa é cuidadosamente construída para apoiar as letras de SZA, sem jamais sobrecarregar suas vulnerabilidades. A produção flui entre batidas mais leves, quase etéreas, e momentos mais pesados e rítmicos, criando uma experiência auditiva que se sente tanto meditativa quanto envolvente.

The Weekend” é uma das músicas mais famosas do álbum e uma das mais comentadas. Nesta faixa, SZA narra uma história de compartilhar um amante com outra mulher, mas a abordagem é refrescante porque, ao invés de retratar ressentimento ou raiva, ela adota uma postura mais resignada, quase compreensiva. A canção tornou-se um hino controverso para aqueles que questionam as normas tradicionais de relacionamentos, abrindo espaço para discussões sobre poliamor e amor livre.

“Broken Clocks” e “Garden (Say It Like Dat)” também são faixas que capturam a essência do álbum. A primeira reflete sobre a luta para equilibrar carreira e vida pessoal, enquanto a segunda é uma confissão vulnerável de inseguranças em um relacionamento amoroso, revelando a necessidade de aceitação e amor próprio.

Em resumo, o álbum ctrl é um grande álbum, se não o maior álbum que representa o que eu sou como pessoa, no meu âmbito de gostos musicais nunca achei algo tão profundo e coerente com o que eu passei com o decorrer da minha adolescência e até então pelo que eu passei na vida adulta, creio que eu, assim como a cantora, temos isso em comum. A arte que esse álbum promove sobre mim tem uma influência tão absurda e linda, apesar de algumas infelizes coincidências, eu tenho certeza que o ponto dessa grande obra não é só retratar as infelicidades da vida de uma jovem negra, mas também cada detalhe de como a sua vida lhe transformou na mulher que ela é hoje e de como ela conseguiu ter controle da sua própria narrativa.

Em resumo, o álbum “CTRL” é um grande álbum, se não o maior álbum que representa o que eu sou como pessoa, no meu âmbito de gostos musicais nunca achei algo tão profundo e coerente com o que eu passei com o decorrer da minha adolescência e até então pelo que eu passei na vida adulta, creio que eu, assim como a cantora, temos isso em comum.

A arte que esse álbum promove sobre mim tem uma influência tão absurda e linda, apesar de algumas infelizes coincidências, eu tenho certeza que o ponto dessa grande obra não é só retratar as infelicidades da vida de uma jovem negra, mas também cada detalhe e de como a sua vida lhe transformou na mulher que ela é hoje e de como ela conseguiu ter controle da sua própria narrativa.

diegobatistutaa
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