Com o avanço das tecnologias de informação e seu constante uso, até que ponto a utilização de tais aparatos pode ser considerada saudável?
O uso de smartphones está cada vez mais indispensável no nosso cotidiano, seja para lazer e entretenimento ou para questões de trabalho, a utilização de redes sociais e internet se configura já como uma necessidade para nossas demandas do século XXI.
Entretanto, é aí que reside uma linha tênue entre a necessidade e o vício.
A nomofobia termo adaptado do inglês “no mobile phone phobia”, se define como um tipo de ansiedade ou medo de ficar longe do celular e/ ou do mundo digital, pessoas afetadas pela fobia também tem necessidade constante de se manter atualizadas em notícias, redes sociais e etc, chegando ao nível de comprometimento de relações sociais e de perda de produtividade, além de sintomas físicos na ausência do celular.
Num país onde o número de aparelhos é o dobro do de habitantes segundo pesquisa da FGV, e que fica entre os que mais passa tempo na internet, o questionamento sobre o tempo de uso de smartphones é realmente necessário, ainda que o cenário global atual tenha favorecido o uso de tecnologias móveis de forma mais intensa e prolongada.
Ainda sim, alguns sinais podem ser observados para a presença da dependência digital:
- Não sair de casa sem o celular;
- Evitar atividades onde não tenha acesso constante ao aparelho;
- Dormir com o celular na cama ou próximo, ou sempre mantê-lo carregado;
- Sentir-se desconfortável ao ficar sem rede/sinal de internet;
- Ter prejuízos no trabalho ou escola pelo uso excessivo, não ter um rendimento melhor por passar muito tempo nas redes;
- Checar notificações constantemente;
- Passar mais tempo no smartphone do que gostaria.
Apesar do problema poder afetar qualquer faixa etária, se percebe que os jovens são os mais afetados, pois boa parte desse grupo foi exposto desde cedo as redes sociais e aos dispositivos móveis.
Até o momento não é conhecida a extensão exata dos danos causados pela dependência, mas se percebe que muitos apresentam comorbidades como depressão ou ansiedade social.
Em vista dos prejuízos que podem ser constatados, é fundamental manter um pouco de espaço entre o indivíduo e o celular, ou seja, não se limitar a ele na vida cotidiana.
Medidas podem ser adotadas, como:
- Manter atividades de lazer que não envolvem redes sociais, ou celular;
- Preferir manter contato com amigos/familiares de forma presencial;
- Não usar o celular durante as refeições;
- Dormir com o celular fora do ambiente/quarto, ou manter as notificações silenciadas;
- Configurar o celular para limitar o uso em apps de maior consumo de tempo.
Se tais medidas não forem suficientes, pode ser necessário consultar ajuda profissional.
Fontes:
Brasil tem dois dispositivos digitais por habitante revela pesquisa FGV
Nomofobia: o medo irracional de não ter o celular
Nomofobia: como lidar com o medo irracional de ficar longe do celular
Conheça a Nomofobia ou no mobile a ansiedade por afastamento do celular
- Dependência Digital - 28/05/2022