Que tal fazermos uma viagem geográfica, histórica e talvez algo mais? Vamos até à Índia, ano de 1928, onde Shiyali Ranganathan, matemático e bibliotecário, idealiza, após analisar bibliotecários e bibliotecas, as 5 leis da Biblioteconomia; depois dessa pequena retrospectiva histórica, só para termos uma noção do início, vamos agora ao real propósito desse post.
Quero clarear sua mente sobre quem é ou quem pode ser um leitor, e com sorte te mostrar que você, mesmo que ainda não saiba, é este leitor. E eu posso provar isso através de 3 dessas 5 leis.
Primeiro, os livros são para serem usados: vou começar por essa parte para que você saiba a importância da leitura. Informação é a nova moeda de conhecimento, é a manivela de modificações e crescimento do mundo, afinal vivemos hoje na sociedade da informação. É através da leitura que nossos olhos e mentes são abertos para esse novo mundo, além do que toda leitura é uma viagem a Roma, a Marte, a 1500, à outra dimensão; é um reino encantado, uma outra terra que você ainda não conhece, mas precisa conhecer e com isso vamos ao segundo ponto.
Talvez você esteja pensando: “história interessante, mas você está enganada, acho ler a coisa mais tediosa existente, não posso imaginar tortura pior”. Deixe-me então te apresentar a 2ª lei, cada leitor tem seu livro. Você, meu caro, provavelmente ainda não encontrou o seu, me sinto mal por você, perdido no escuro… Então aqui estou pra esclarecer: de qual tipo você é? Hum, quem sabe um aventureiro ou gosta muito de ação, não? Talvez seja uma mocinha à espera de um príncipe ou a mocinha que salva o príncipe? Ainda não? Então com certeza você é um elfo perdido aqui no mundo humano ou um policial destemido; você ainda não sabia que era um desses? Não sabia que podia ser todos? Talvez você seja mais pé no chão e goste apenas de estudar, tudo bem, tem espaço pra isso também. No mundo da leitura tem espaço para tudo.
Se você ainda não está convencido e já está desistindo, deixe eu te mostrar a última prova, a 3ª lei: cada livro tem o seu leitor; não basta só você achar o seu livro, o livro tem que te achar também. Digamos que o livro é um código secreto que só tem alguns decodificadores específicos, mas, não duvide, um desses códigos secretos é seu, e está à sua espera para ser descoberto. Sendo assim, toda esta mensagem é para te dizer, não se contente com as sombras, é isso que a leitura te oferece uma forma de sair da caverna. Não apenas ficar subjugado às sombras que são refletidas por sabe Deus quem.
De: uma futura bibliotecária
Para: futuros leitores.
- O mito da Caverna - 17/10/2017