Debaixo da lua nova o pai começa a procrastinar:
-minha mulher só pare menina que traz desgraça para o lar!
No entanto, o tempo não tardou e, além da Maria velha, também fez de vítima a criança Maruá que, desde cedo, vê a sua mãe a lamentar pelas agressões do patriarcado que somente soubera lhes maltratar.
Maruá nunca brincará, nunca estudará e nunca soubera ser criança ou “moça feita” como os mais velhos dizem, pois o seu pai lhe trocou por um dote: terra, milhos e mil xelins.
Maruá fora [morar] com o estranho que viria no outro dia lhe ameaçar!
-Não me tragas filhos fêmea! Caso não vou te trocar! – Eu quero filhos homens para o meu sobrenome levar!
Durante ao passar do dia, Maruá olha para os céus no decoro de rezas, em longas preces pôs-se à suplicar… *Inacabado*
- Poesia sem FormaBy Lil - 18/11/2021