No término do ano de 2019, na China, emerge a COVID-19, doença que ocasiona quadros que variam de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. O rápido desenvolvimento do vírus mundialmente desencadeou o anúncio realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de uma pandemia, que gerou diversas mudanças de convivência social, como: a quarentena, home office, distanciamento, uso obrigatório de equipamentos de proteção individual (EPI), entre outras. Todas essas mudanças vêm acompanhadas pelo medo de ser afetado por essa doença, ou de ter seus entes infectados. Fonte: El País.
Os sintomas respiratórios são os mais habituais, mas por trás da conhecida pandemia do coronavírus, existe uma pandemia oculta, que envolve os transtornos psicológicos como ansiedade e depressão que representam uma segunda onda de estragos a saúde. É inegável a ligação da saúde mental com a física, uma pessoa debilitada mentalmente, consequentemente, tem propensão ao enfraquecimento e diminuição do sistema imunológico. Sendo assim, a capacidade de proteger o corpo está diretamente atada aos fatores psicossociais.
Muitos neurologistas recomendam a adesão de uma válvula de escape para aliviar os sintomas de doenças provocadas pelo estresse. A própria OMS sugere algumas ações para amenizar os impactos negativos da pandemia e entre essas sugestões está a leitura. Os cenários fictícios abordados em diversos livros, é desfrutado por muitos como uma fuga da situação estressante atual, um refúgio para a própria mente. Entre alguns benefícios de uma boa leitura estão o relaxamento muscular, ativação da memória, a meditação focada, diminuição do sentimento de solidão, desenvolvimento de empatia. Quando distribuída ao longo do dia a leitura é uma prática saudável e prazerosa que diminui os níveis hormonais da ansiedade.
Fonte: Catraca Livre.
Estudos anteriores a pandemia já demonstravam a eficácia desse tipo de tratamento alternativo, complementar as intervenções psicológicas e farmacológicas. Há muito tempo a leitura é adotada como algo medicinal mas só teve sua finalidade definida no século XX com a biblioterapia, que consiste em indicar leituras especificas, baseando-se no conhecimento do terapeuta a respeito das necessidades do quadro clínico do paciente.
Com tantos benefícios torna-se indiscutível o poder de cura dos livros. Como é dito por Mário Quintana: “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas ”. As palavras de Quintana são perfeitas quando direcionadas a essa perspectiva de livro como instrumento alternativo de auxílio e desenvolvimento pessoal. Os resultados provavelmente não serão imediatos, mas os benefícios ao corpo e mente são evidenciados a longo prazo.
- Leitura: válvula de escape na pandemia - 04/10/2020
Muito bom