A leitura rompe barreiras e é por meio da mesma que conseguimos viajar sem sair do lugar, de aprender e de se entreter-nos, de voar sem tirar os pés do chão. Ler é descobrir um mundo gigantesco que nos rodeia, cheio de cultura, é descobrir uma vastidão de aventuras, é sorrir ou chorar com trechos tão pequenos, mas tão intensos. Quem nunca chorou lendo um livro, ou deu um leve sorriso bobo ao folhear algumas páginas? Quem nunca se apaixonou pelos nuances da leitura com uma infinidade de histórias/estórias possíveis que os livros proporcionam?
É um lugar mágico que nos remete a uma variação de sentimentos.
Ao iniciar a resenha do livro “A biblioteca da meia-noite” deixo a seguinte citação, encontrada logo nas primeiras páginas do livro:
“Não posso ser todas as pessoas que quero e viver todas vidas que quero. Não posso desenvolver em mim todas as aptidões que quero. E por que eu quero? Quero viver e sentir as nuances, os tons e as variações das experiências físicas e mentais possíveis de minha existência”
Sylvia Plath
Ao decorrer de nossas vidas passamos por situações que sentidas do lado de dentro, parecem ser não solucionáveis. O fato da grama do vizinho sempre ser mais verde afeta o mais profundo de nosso ser, impossibilitando-nos de enxergar com as verdadeiras lentes, e entender que o sapato do outro não cabe em nós. Nora Seed, tem 35 anos e chega ao ápice da vida em que tudo está conspirando contra, ou ao menos é o que ela pensa que esteja. O que esperar da vida quando se estar no fundo do poço? Tudo parece tão escuro e solitário que com o passar do tempo a obscuridade a consome. A vida de Nora nunca foi fácil, há tantos arrependimentos nas costas, que a estagnou deixando escapar todas as oportunidades possíveis de ser feliz, e a agora o que resta fazer?
O autor Matt Haig, seduz o leitor com uma história simples e ao mesmo tempo tão intensa, impossibilitando o leitor de tirar os olhos do livro, mesmo que por frações de segundos, com uma história tão envolvente e repleta de muitos ensinamentos do que de fato é a vida e das coisas que desejamos. Seria incrível se em algum lugar e em um intervalo de tempo, pudéssemos experimentar as várias vidas possíveis e escolher aquela em que nos sentíssemos realizados.
Nora cansada de sua vida simples e monótona, passa por uma experiência única e decisiva em sua vida, algumas de suas decisões levam ela a Biblioteca da Meia-Noite, onde ela poderá reverter seus arrependimentos e tentar encontrar um rumo certo para sua enfadonha vida, antes que seja tarde demais. Cada livro da Biblioteca da Meia-Noite representa uma possível vida, com caminhos distintos, porém, com uma grande carga emotiva e caberá apenas a Nora decidir o destino a ser seguido.
“Entre a vida e a morte existe uma Biblioteca”
A biblioteca da meia-noite
“Nunca subestime a grande importância das coisas pequenas”
Sra. elm
Algumas considerações a respeito do livro resenhado: apesar de apresentar um enredo intenso, no decorrer da leitura há situações como depressão, crises situacionais e a busca pela tão sonhada felicidade, em se sentir completa e realizada, atentando-se também a um fato presente no livro o de amar e ser amado e compreender as pequenas e corriqueiras coisas da vida. A obra leva o leitor a um misto de emoções conduzindo-o a compreender o que faz a vida valer a pena, mesmo nos tempos mais difíceis.
- A biblioteca da meia-noite - 05/12/2021
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