O Afrofuturismo é um movimento artístico, social, cultural e estético que abrange vários seguimentos, como o audiovisual, literatura, música etc. Com ênfase na estética futurista e elemento culturais negros, o movimento retrata a vivência (existência) de indivíduos pretos em realidades tecnológicas e fictícias, vivências as quais não são voltadas a escravidão e sofrimento.
As narrativas contadas nessas produções assumem o papel de crítica acerca de anos de representações negativas e dolorosas das trajetórias do povo preto, muitas das vezes contadas a partir de uma perspectiva eurocêntrica e colonizadora. Estabelecer um cenário onde pessoas de cor vivem e prosperam em uma conjuntura futura, é de fundamental importância na construção da autoestima dessa população que até hoje é marginalizada e negligenciada.
As produções afrofuturistas com maior destaque no momento são os filmes ‘Pantera Negra’ produzido pela Marvel e ‘Black is King’ escrito e produzido pela cantora Beyoncé em parceria com a Disney.
Na literatura, temos como grande referência a escritora norte americana e pioneira Octavia Butler, conhecida por suas produções de ficção científica com protagonismo negro, abordando temáticas como viagem no tempo, extraterrestres, apocalipse, entre outros. Butler têm como obras de maior difusão ‘Kindred: laços de sangue’, a coleção de três livros ‘Xenogêneses’ e a coleção de dois livros ‘Semente da Terra’.
No primeiro livro da coleção ‘Xenogêneses’ titulado o ‘O Despertar’, Lilith, personagem principal, acorda em uma nave espacial habitada por alienígenas super evoluídos, onde descobre que se passaram mais de 200 anos desde uma guerra nuclear que destruiu a Terra, e que será a primeira de um grupo de humanos enviados para reabitar o planeta, embora tenha uma preço que a espécie humana terá que pagar para isso acontecer.
