Museus em tempo de pandemia

Desde meados de março de 2020, a vida de todos os brasileiros mudou radicalmente. A pandemia de Covid-19 é uma realidade que ninguém podia imaginar, diferente de tudo que já experimentamos. Passamos a ser bombardeados por informações, orientações e novas regras de comportamento. Tivemos que mudar rapidamente nossos hábitos e, em poucas semanas, nos adaptar a novas formas de trabalho, de lazer e de viver as relações afetivas. Com a imposição do isolamento/distanciamento social, a comunicação virtual que já existia e já era bastante utilizada por uma grande parte da população tomou um novo significado e um lugar central na vida de todos. As mídias sociais, as plataformas de conversa por vídeo, as notícias online, as palestras e cursos pela internet, a interação com “lives” diversas, passaram a ser os principais meios de comunicação e de conexão humanas. De um dia para o outro, os museus se viram obrigados a fechar as suas portas, colocar suas equipes em trabalho remoto ou em rodízio devidamente protegidas. No Brasil, muitos museus são públicos e recebem uma verba anual do Governo para a sua manutenção e realização de atividades básicas. Mas para aquelas instituições que dependem da venda de ingressos para a sua sustentabilidade financeira, fechar as portas aos visitantes criou um cenário preocupante, que requer novas estratégias de captação para enfrentar esse momento. Funcionários dos museus estão sendo incentivados a trabalhar de casa para que os projetos possam continuar em andamento. A realização de reuniões online de equipe já é uma realidade para muitos. Isso é particularmente viável para alguns tipos de tarefas, planejamento, pesquisa, programação visual, entre outros. Já para aquelas funções que se ocupam do atendimento presencial, o trabalho durante esse período de pandemia precisou ser revisto e até mesmo reinventado, buscando aproveitar o tempo para aprofundar a preparação das atividades, bem como pensar em novas formas de continuarem contato com o público enquanto perdurar o distanciamento social, e mesmo depois da pandemia, tendo em vista que algumas formas de atendimento presencial podem precisar sofrer mudanças. Nesse sentido, diversos museus estão considerando outras maneiras de dialogar com a sociedade no momento atual, incluindo um maior envolvimento virtual. Temos o exemplo em nosso estado que é o Museu da Memória Republicana, instalado no Convento das Mercês, que para conhecer não é necessário viajar ao Maranhão. Considerado um dos Sete Tesouros de São Luís, estava com o prédio fechado por causa da pandemia do novo corona vírus, mas abriu uma janela. No computador ou no celular é possível fazer uma visita virtual pelo museu. O passeio está disponível no site eravirtual.org. Atualmente o museu já reabriu as portas para visitas do público.

Jessica
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