Os primeiros pesos são sempre os mais pesados: uma abordagem sobre a iniciação no mundo literário

O escritor Mário Vargas Lhosa em seu discurso ao receber o prêmio Nobel de Literatura em 2010, disse que o momento mais importante de sua vida foi justamente quando ele aprendeu a ler, todavia, tal ato não deve causar tanta extravagância, visto que a leitura permite ao leitor sensações e experiências incalculáveis; além disso, esta apresenta intensas gratificações, tais como: o entendimento e aprofundamento em conhecimento de mundo, pois o ato de ler faz com que a percepção e a compreensão da obra a ser examinada seja mais benéfica.

Através da leitura é possível também começar o desenvolvimento do conhecimento crítico, visto que o acesso a diversas obras possibilita ao leitor inúmeras informações, dados e pesquisas que suscitam ao regente uma série de fundamentais e um novo posicionamento acerca de algo.
Outrossim, é imprescindível notabilizar que o hábito da leitura também favorece a leitura dinâmica e a maior velocidade em reflexão, visto que quem lê muito é propício a raciocinar bem mais rápido também. Nesse sentido, evidencia-se o realce no vocabulário de um leitor fluente, uma vez que este apresenta um repertório amplo e diversificado de diferentes termos, bem como possui a capacidade de escrever melhor devido ao seu raciocínio acelerado e sua aptidão em organização de ideias.

Embora haja tantos benefícios, o hábito de ler ainda é algo árduo para uma parte dos brasileiros e por isso, é importante ressaltar algumas causas para a ausência (ou pouca busca) da leitura entre os jovens, tais como:

A) Falta de tempo. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 4,32% (quatro vírgula trinta e dois porcento) dos entrevistados pela edição declararam não ter lido nenhuma obra devido à ausência de tempo para tal ato, mesmo que estes não apresentem dificuldades na leitura propriamente dita. Logo, surgem algumas especulações acerca de como o brasileiro utiliza o seu tempo. É possível notar que uma grande parte dos cidadãos que não leem e optam por outros meios de entretenimento, como a TV, internet, os computadores ou celulares.

B) Leitura muito devagar. Quanto mais um indivíduo lê, mais tende a aumentar a velocidade de leitura, devido à agilidade e repetição desta ação, todavia, logo no início, os leitores costumam fazer isso de forma lenta e pausada, gerando assim um certo desconforto mediante tal prática, provocando assim o tédio e a fadiga e possibilitando que leiam menos ainda.

Além de um estímulo individual, é de suma importância um fomento coletivo para o incentivo à leitura, o qual então, poderia ser encontrado nas escolas por meio de um educador. Desde os primeiros anos de uma criança até sua conclusão no Ensino Médio, o indivíduo tem acesso à leitura, podendo esta ser não apenas verbal, mas também visual. Logo, ela sempre fez parte do processo de produção do conhecimento, mesmo que de forma indireta.

Entretanto, os professores cumprem papel importante no processo de construção literária, visto que, através de atividades e trabalhos, recomendam livros para seus alunos, orientando-os a fazer resumos e afins, todavia, isto nem sempre é visto de boa anuência por parte dos receptores de tal ação, pois os livros que são recomendados pelos instrutores geralmente utilizam linguagens rebuscadas, textos enfadonhos e nem sempre habituais aos estudantes, o que faz com que estes tenham menos interesse ainda pelo hábito da leitura. Segundo Silva (1986, p. 8-85), “um dos motivos para tal desinteresse, pode estar na escolha realizada pelo professor, exigindo que todos da turma leiam o mesmo título, sem opção de escolha, geralmente clássicos da literatura”, ou seja, é possível ressaltar a partir desta fala que o professor tem a função de muito mais que um mediador, mas de alguém com grande influência para seus educandos. Portanto, este podia estimular a leitura a seus alunos não apenas em troca de pontos, tornando tal prática uma ação monótona, mas impelindo os discente ao ato da leitura sem uma responsabilidade pré-definida.

Ou seja, por mais que o hábito da leitura seja tão necessário, é preciso também um auxílio dos professores, amigos e afins para compartilharem o peso do conhecimento que no começo da caminhada é tão complicado, mas, no fim gera grandes frutos.

iksantos
iksantos
Artigos: 1

Um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *