BRICS e o Desenvolvimento Econômico dos Países Emergentes

            Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o mundo seguiu duas ordens, a bipolar no período da Guerra Fria e a multipolar, após a dissolução da União Soviética em 1991,  nesse período houveram dias que duraram mais que 24 horas, desde a Crise dos Misseis em Cuba em 1991 à sucessivos dias de apreensão da Invasão Russa à Ucrânia em 2022, onde todos esperavam que os mercados de todos os países fossem abertos e houvesse maiores interações comerciais e desenvolvimento de indústria, por meio de capitais estrangeiros em países emergentes e início de uma nova ordem econômica global, mas isso não aconteceu.

            Os países do BRICS, possuem seu papel bem definido no mundo, onde o Brasil, é o grande produtor de alimentos e exportador de commodities, como soja e minério de ferro, a Rússia consegue subjugar a Europa com seu petróleo e gás, a Índia atualmente aparece como um grande destino para empresas de tecnologia, sendo que possui um amplo setor de serviços e talvez a maior população do mundo, ultrapassando a China, que por sua vez consegue ser o Dragão Asiático, com uma grande indústria de manufaturados, que exporta para todo o mundo e com uma grande população, que pode ter sido rebaixada a segunda colocação por conta da Índia, anseia ser alçada ao posto de maior economia do globo, desafiando diretamente os Estados Unidos e por fim a África do Sul, que é a maior economia africana e conta com grandes reservas de recursos naturais, disponíveis para a mineração.

            Atualmente o mundo acaba vendo uma guerra comercial entre Estados Unidos e China que disputam mercados até em países estratégicos no meio do Oceano Pacifico e em um cenário de guerra e sanções econômicas unilaterais, realizada pelos Estados Unidos, vemos uma tentativa dos países emergentes de desdolarizar a suas transações, nisso o BRICS, acaba se destacando ao propor uma moeda única, para os países realizarem transações entre si, eliminando aos poucos o Dólar, ideia que assombra os Estados Unidos, ainda mais em um cenário de guerra comercial.

            Com um caráter, um tanto anti-imperialista, o bloco consegue atrair desde países que temem ser vítimas de sanções dos países do G7 (Alemanha, Reino Unido, Itália, França, Japão, Estados Unidos e Canadá), que detém um monopólio financeiro e industrial global, a países que querem se desenvolver e não passarem mais dias de incerteza econômica, utilizando um bloco com países emergentes que possuem riquezas, tanto naturais, quanto monetárias e que são potências diplomáticas nas suas regiões.

            Assim, a economia global, diplomacia e questões militares podem alterar um padrão monetário que vem desde o período do pós-guerra, fazendo com que os desenvolvimentos dos países emergentes, sejam financiados, pelos próprios emergentes, sem esperar o socorro daqueles que não anseiam por isso.

Pedro Henrique
Pedro Henrique
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