Crítica do Filme: O Extraordinário

Filme: O Extraordinário

O Extraordinário é um bom filme para se trabalhar várias questões que atravessam os muros de nossas escolas. A escola tem que ser, necessariamente, o local da diversidade, da inclusão, do direito e das ações humanistas. Em nosso caso, sem esses requisitos, a educação não é pública e muito menos de todas e todos. É a partir dessas perspectivas que o filme torna-se interessante e rico em abordagens para exibirmos na escola.

Auggie terá que enfrentar a sala de aula e todos os espaços da escola, inclusive o pátio, que para ele é o pior lugar. Local importante de socialização, de brincadeiras, do correr livre, das amizades, das paixões, mas também o pátio pode ser cruel, carregado de preconceitos, discriminações, racismo e diversos tipos de violências. É assim que vai enfrentar a vida escolar, com as poucas amizades verdadeiras e os muitos preconceitos entre estudantes e seus familiares. A aparência de Auggie causa estranheza e repugnância e para muitos o simples contato seria capaz de transmitir, assim como um vírus, uma doença incurável. Nesse contexto, nosso personagem tem que enfrentar o primeiro dia de aula e construir sua vida social.

Muitas vezes, muitos estudantes espalhados pelas diversas escolas, passam por tudo isso, principalmente, se a escola não tiver um olhar inclusivo, um projeto pedagógico. Essa questão é, ainda nos dias de hoje, um grande desafio no ambiente escolar e na sociedade em geral. Assim como no filme, a escola, muitas vezes, reproduz as relações opressoras e excludentes construídas historicamente e socialmente no interior da sociedade, principalmente, se não adotarmos uma postura inclusiva e humanista. O filme Extraordinário nos provoca a pensar na possibilidade de construirmos uma outra sociedade, na qual “talvez possamos mudar nosso jeito de ver” o ser humano.

Além disso, o filme apresenta outras questões, como o racismo, mas para a escola é de fundamental importância. Quantas meninas e meninos negros sofrem o racismo na escola, diversas vezes, o racismo se constitui a forma mais perversa na tentativa de diminuir e/ou destruir a humanidade das pessoas.Temos dois personagens negros no filme , Summer, a amiga negra que sofre preconceito e Justin, o namorado negro de sua da irmã Olivia.

A família tem um papel fundamental no processo de inclusão e socialização de Auggie. Ela está sempre ao seu lado, tanto nos momentos alegres como nos momentos mais difíceis. Por fim, ressaltamos que a escola é razão, mas também lugar da emoção.

 Extraordinário

thamires.eloi
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