FANFIC: Por que não… reescrever?

Ao ler um livro, sua imaginação flutuar ao ponto, de suas emoções serem estimuladas de acordo com a necessidade do autor, trazendo emoções com ódio, amor, triste, medo, alegria ou até decepção pelo rumo da construção do personagem, esses sentimentos são estimulados e potencializar a identificação com enredo.

Quem nunca imaginou como seria o percurso da história ou até mesmo de personagem em certa situação? Quer um exemplo? Vamos lá. Capitu traiu Bentinho? Ou Bentinho era tão possessivo ao ponto de criar detalhes que só sua mente conseguia entende? Doente de amor? Ou só doente? Na obra Dom Casmurro (1900), Machado de Assis cria um suspense ao não deixar explícito a suportar traição, deixando o leitor usa sua própria imaginação, enquanto no livro À Espera de um Milagre (1996) [título original: The Green Mile] do norte-americano Stephen King, nos deixar nervosos pelo futuro doce presidiário John Coffey no corredor da morte.

Nessa perceptiva, por que não mudar forma que autor desenvolveu a história ou até mesmo o personagem? Com a indústria pop em alta, os livros mais populares ganham muita força com os fandom ou simplesmente fã-clubes [em português], pessoas que tem verdadeiro amor pelas histórias advindas de produtos midiáticos. Esses fandom criam espaços virtuais (volg, blog, websites) ondem discutem e recriam contos sobre seu amado tema e assim surgir o movimento literário das “fanfics”.

A palavra fanfic é abreviação de “fanfiction” e significa “ficção de fã”. São histórias reescritas por pessoas que se inspiram em produções (de outros autores) já existentes como livros, filmes e séries

(Blog Clube de Autores, 2019).

Entretanto, como ficam os direitos autorais dos autores? Existe o limite? As fanfics violam os direitos autorais?

Se pensarmos de acordo, com a Lei nº 9.610 estabelecida no Brasil que protege os direitos autorais dos autores. Sim, pois deriva de adaptação sem autorização dos autores, a apesar de ser uma “nova história”. Contudo pouco se saber de autores que processaram “os fandom” por violarem os seus direitos autorais, por não ter conhecimento do fato ou porque invectiva o consumo dos livros originais, pois acabam levando novos leitores a consumirem suas obras pela curiosidade da adaptação do livro original.

  • Quem nunca pensou que a história do livro não é melhor que um filme? Esse pensamento vale também para as adaptações rescritas”

E outra explicação é o fato que o livro estará sempre no hype [gíria: em alta] na boca do povo consequentemente tornando um best sellers.

Indico blog de uma advogada Ana Clara Ribeiro que explicar mais detalhe “o direito” por traz das fanfics. Para falar verdade, essa pauta deve ser discutida com mais delicadeza e conhecimento mais profundo das leis.

Mas na minha humilde opinião, qualquer movimento que estimule a produção de novos autores no mercado literário, é bem-vindo, é claro com a devida precaução, uma vez que muitas fanfics abriram novas portas para o aparecimento de novos autores: Anna Todd (After -2014), E.L. James (Cinquenta Tons de Cinza -2011), Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais – 2007), à brasileira Babi Dewet (Sábado à Noite-2012), ou seja, fãs virando escritores.

Nota de curiosidade: A maioria desse livros foram adaptados para indústria cinematográfica.

Nessa velocidade não estimularíamos o surgimentos novos autores e leitores? Concorda ou discorda? Por quê? Por fim, deixo minhas opiniões e meus questionamentos!

priscila.rm
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