Quando li Alga Viva

Quando li “Alga Viva”, fui envolvida pelo estilo de escrita de @juliavita__ . Ela aborda várias temáticas, são muitos assuntos, muitas referências e utiliza uma série de epígrafes para introduzir os poemas, o que nos ajuda a entrar em sua linha de pensamento, ou nem tanto, já que, a poesia em si é ambivalente e não segue uma linearidade.Alga Viva é um livro de poesia que mergulha nas profundezas do oceano das emoções humanas. Com versos delicados e envolventes, a autora nos transporta para um universo lírico cheio de vida e significado. As algas, símbolos de vitalidade e conexão com a natureza, são o fio condutor dessa obra singular. Através de metáforas marítimas e imagens poéticas, somos levados a refletir sobre as transformações da existência, os ciclos da vida e a beleza efêmera que permeia nosso caminho. O livro nos lembra da importância de estarmos conectados com nossa essência e com o mundo ao nosso redor. Apresenta uma poética viva e constante, que transita entre calmaria e intempestividade. É ardilosa, escorregadia, sarcástica e também erótica. Assim como as algas que dão nome à obra, sua vitalidade nos seduz, podendo até nos confundir e levar ao erro. Portanto, é preciso ter muita atenção. Os poemas são fortes, e alguns difíceis trazendo críticas e denúncias sociais de forma metafórica e paradoxal. Abordam temas como violência de gênero, destruição ambiental, faz críticas contundente à indústria cultural, entre muitos outros assuntos.

Nas fotos do carrossel mostro a capa que é linda e os poemas: Nascituro e Verbo rubro. Poemas que trazem versos tão cortantes, que denunciam as tantas desigualdades, violências e violações de gênero. São dois poemas fortes que traduzem bem a dificuldade de ser mulher nesse mundo tão hostil. No geral, o livro é simplesmente maravilhoso!