O Bibliotecário no papel de mitigar os efeitos das desinformações

Diante de um cenário completamente informatizado, o bibliotecário não atuará apenas como mediador das informações entre os usuários e os acervos, deverá assumir novas competências que vão desde o uso correto das ferramentas eletrônicas e digitais até a atenuação das chamadas desinformações.

As desinformações circulam como verdades na chamada rede comunicacional das pessoas, de diferentes formas, sejam por via rede social, verbal, visual e oral. Essas geram as conhecidas fake news, que nos últimos anos circularam como vírus pelas redes, assumindo um caráter de verdade, mas que tem como característica principal a falsidade e distorção de informações.

Essas informações erradas estão digamos “em alta”, pois surgem a todo instante como informações verídicas, sejam como ideologias contrárias e fatos que não existem ou não existiram, mas que exercem grande influência na vida daqueles que não possuem conhecimento e que não buscam averiguação antes de formar opiniões e disseminá-las como autênticas.

Para que haja controle e desconstrução das desinformações é necessário que o bibliotecário assuma um posicionamento diferenciado, pois opera diretamente com fontes de informações e tem obrigação a desconstrução de informações falsas, que prejudicam todo processo de construção do conhecimento. Essa disposição deverá ser embasada em novas estratégias, na aquisição de habilidades para o uso dos meios digitais e para o trato com as desinformações, realizando a apuração das informações sejam elas notícias, conceitos, dados estatísticos e geográficos, com o intuito de romper com as inverdades.

Mas para que isto ocorra, exigirá não só do bibliotecário, mas de todos aqueles que fazem parte da instituição e do poder público, no que se refere ao auxílio dos demais funcionários na inspeção e na mitigação dessas inverdades e das autoridades competentes, que deverão propiciar recursos para resolução de tais problemáticas. Além disso, será primordial que todas as bibliotecas criem suas mídias sociais com intuito de se aproximar mais desse novo tipo de usuário( mais autônomo e informatizado), com difusão de informações e serviços prestados, o que otimizará o seu fazer e permitirá que informações errôneas sejam menos divulgadas.

Portanto, as informações inverídicas atualmente tem circulado em larga escala como verdades, o que torna ainda mais desafiador a atuação do bibliotecário enquanto pacificador de inverdades, pois esse é um desafio a ser sanado, diante de uma sociedade cada vez mais mais informatizada e também desinformada, o que demandará maior esforço por parte desde profissional enquanto intermediador ativo.

Sara Loureiro
Sara Loureiro
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